domingo, 16 de janeiro de 2011

Como fazer observação de sala de aula, enquanto coordenador pedagógico???

Entrar na classe para analisar as interações entre os alunos e o professor requer planejamento e quebra de resistência .O papel da coordenação pedagógica é melhorar a prática docente na formação continuada na escola. E, para saber das necessidades da equipe para ensinar melhor, quem exerce essa função tem inúmeros recursos, como analisar o planejamento das atividades, as produções dos alunos e o resultado das avaliações. Contudo, existe uma ferramenta que vai direto ao ponto e permite um conhecimento mais estreito dos problemas didáticos: é a observação feita na sala de aula.

O objetivo dessa ferramenta de formação é analisar as interações que são construídas entre o professor, os estudantes e os conteúdos trabalhados (leia uma sugestão de pauta na última página). Muitas vezes, o próprio docente não percebe que uma pequena mudança em sua prática pode levar a resultados mais positivos - e uma pessoa de fora tem mais facilidade para apontar um caminho. Nesta reportagem, você, coordenador pedagógico, vai saber como romper eventuais barreiras para usar a observação da sala de aula como uma ferramenta formativa.

Como dar os primeiros passos e quebrar resistências

A ideia é simples: você entra na classe, assiste a uma aula, faz anotações e, com base nelas, tem mais segurança para planejar os encontros de formação e orientar os professores, certo? Certo. Só que não é tão simples assim: alguns docentes sentem seu espaço invadido com a presença de um observador.

É preciso criar um clima e uma cultura em que a parceria no desenvolvimento profissional esteja acima de melindres pessoais.

Para quem está iniciando na função de coordenador ou chegando a uma escola em que não existe essa prática, é um pouco mais complicado. O primeiro passo é conversar com toda a equipe nos encontros coletivos, esclarecendo que os principais objetivos são: montar a pauta de formação continuada com base nas necessidades de ensino e conhecer bons exemplos de prática didática que mereçam ser compartilhados com a equipe (sim, às vezes elas ficam restritas a uma só sala de aula, quando poderiam ser divulgadas e ajudar outros alunos a aprender).

Entrar na classe para analisar as interações entre os alunos e o professor requer planejamento e quebra de resistência.

E você o que acha??? Responda-me nos comentários, ok???

Psicopedagogia: A solução para os problemas de aprendizagem

BREVE HISTÓRICO.

Segundo Bossa (2000), os primeiros esboços de Psicopedagogia aconteceram na França no início do século XIX com contribuições da Medicina, Psicologia e Psicanálise, para ação terapêutica em crianças que tinham lentidão ou dificuldades para aprender.

Os estudos franceses influenciaram a iniciação psicopedagógica na Argentina e esta no Brasil.

Aproximadamente há 30 anos, surgiram os primeiros grupos de estudos sobre a aprendizagem e o sistema educacional brasileiro.

Os cursos na área de Psicopedagogia começam a surgir nos anos 70, mas é na década de 90 que se multiplicam.

Em 1996 foi aprovado em Assembléia Geral no III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, o Código de Ética que assinala dentre outras coisas, que a Psicopedagogia é um campo de atuação em saúde e educação que lida com o processo de aprendizagem humana, é de natureza interdisciplinar e o trabalho pode se dar na clínica ou instituição, de caráter preventivo e/ou remediativo e cabe ao psicopedagogo por direito e não por obrigação, seguir esse código.

O QUE É PSICOPEDAGOGIA?

É a área do conhecimento que estuda a aprendizagem humana, objetivando facilitar o processo de aprendizagem não apenas no ambiente escolar, mas em todos os âmbitos: cognitivo, afetivo, social e durante toda vida.

A Psicopedagogia cuida do ser que aprende, pois deve evitar o fracasso e facilitar os processos de aprendizagem.

Para Rubinstein (1996, p. 127), “a Psicopedagogia tem como meta compreender a complexidade dos múltiplos fatores envolvidos nesse processo”.

Isso significa colher conhecimentos de várias áreas como a Psicologia, Pedagogia, Medicina, Fonoaudiologia e outras. Portanto, tem enfoque transdisciplinar, ou seja, recebe influências de vários ramos.

A transdisciplinaridade para Assmann (1998), não pretende desvalorizar o que cabe às disciplinas específicas, mas melhorar e ampliar o conhecimento em todas.

Apenas uma área de conhecimento não seria capaz de abarcar a complexidade de um processo de aprendizagem, pois cada indivíduo possui uma modalidade de aprendizagem, um jeito particular de aprender, a Psicopedagogia aliada a outras áreas de conhecimento, está comprometida em resolver os problemas e melhorar as condições de aprendizagem.

A Psicopedagogia não é a associação da Psicologia com a Pedagogia, pois ela se propõe a pesquisar e resolver os problemas de aprendizagem através de um intercâmbio dos conhecimentos de outras áreas.